sábado, 14 de janeiro de 2012

Querido Diário... #2 (continuação)


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Aqui está a continuação do último poste desta rubrica. Espero que gostem, e deixem aqui o vosso comentário!
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Maldito feriado! Detesto o 5 de Outubro!

 Acordei com o meu telemóvel a vibrar por baixo da minha almofada. Nem me dei ao trabalho de ir ver, pois pensei que a mensagem seria da minha mãe a dizer que tinha saído para ir caminhar, tal como ela fazia todas as manhãs de fim-de-semana e feriados. Virei-me para o outro lado e voltei a adormecer. Acordo novamente com o meu telemóvel a vibrar. Se fosse a minha mãe ela só mandava uma mensagem. Não precisava de duas. Agora pensei que seria uma amiga minha a pedir-me ajuda para uns trabalhos de casa. Que típico! Já era tarde e eu já estava acordada, por isso levantei-me e fui fazer a minha rotina matinal. Tal como eu calculava a minha mãe não estava em casa, por isso estava à vontade. Fui ver televisão, fui para o computador, fui fazer os trabalhos de casa e só depois é que me lembrei do telemóvel, que começou a vibrar novamente, mas desta vez era uma chamada. Já não fui a tempo para atender, e quando peguei no telemóvel, tinha duas mensagens recebidas e uma chamada não atendida. Quando vi o autor da chamada, fiquei bastante admirada por me teres ligado. Já não falávamos à bastante tempo, muito menos por telemóvel. Mas o que é que tu querias? Ponderei em ligar-te de volta, mas ainda estava com voz de sono, e provavelmente não queria ouvir o que tu me querias dizer. Resolvi ver também as mensagens. Como já tinha feito os trabalhos de casa, já conseguia responder a uma bombardeada de perguntas idiotas. Qual não foi o meu espanto quando vi que as mensagens pertenciam a ti! Estava bastante reticente em lê-las, mas estava curiosa em saber o que te tinha dado tanto trabalho para escreveres um relatório de duas mensagens. Resumidamente dizias que nós éramos as únicas da turma que nos dávamos mal (ou melhor, não nos dávamos…), e que quando me vias a falar com as outras do teu grupo, também querias falar comigo, etc. A tua última frase foi “sei que o mais provável é não responderes, mas esperava que dissesses qualquer coisa…”. Conheces-me bastante bem, mas tal como tu mudaste eu também mudei, por isso não podia perder uma oportunidade como esta de te atirar tudo à cara. E foi o que fiz. Mandei-te quatro sms gigantes em que exprimia em tudo o que eu passei por tua causa. Não deve ter sido bonito de ler, mas foi bastante gratificante de escrever, acredita!
Continuamos a trocar sms pela noite dentro, em que eu chorava sempre que lia uma mensagem tua… Assumiste as culpas todas, e pedis-te desculpa mais do que uma vez, o que me surpreendeu bastante! Basicamente eu pedi-te para me dares tempo para pensar, que na altura pensei ‘tempo para arranjar uma resposta’. Mas no dia seguinte, já tinha outra opinião: ia reparar mais em ti, ver se tinhas mudado e saber se estavas mesmo interessada em voltar a falar comigo. Mas acima de tudo queria perceber o que eu sentia em relação àquilo tudo, em relação à nossa amizade.
Passou-se uma semana, na qual eu não falei da nossa conversa a ninguém.
Estava no Douro, algures no meio do rio (o meu pai tem um barco), sem nada para fazer, por isso comecei a olhar para o telemóvel, e pensei ‘Porque não?’
Estivemos a falar até altas horas, mas a conversa ia sempre dar à divisão da turma. Nós estávamos em ‘grupos opostos’ logo não podíamos falar todos os dias para tentarmos resolver as coisas com o tempo.



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Hoje em dia, digamos que não estou em nenhum dos grupos, falo com toda a gente e dou-me bem com todos. Os grupos continuam a existir, embora já se falem de vez em quando… Eu ando a saltar de um lado para o outro. Apesar de não ser fácil, acho que prefiro assim, por cada um dos grupos tem os seus extremos, por isso posso escolher onde quero estar.

Já falo com ela, mas é muito mais fácil falar com ela por mensagem ou msn, porque ainda continua a ser estranho falar com ela cara à cara sem ser completamente à vontade…

Talvez ainda voltemos ao que éramos. Quem sabe….

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Dou muito valor à amizade, talvez mais do que ao amor, por isso é que isto me afectou tanto


Digam-me o que pensam. Será que fiz alguma asneira irremediável?

2 comentários:

Marcela disse...

Por acaso não me ri assim muito. Numa parte quase que chorava :s

Anónimo disse...

vais ver que vais adorar o secundário :)